sábado, 18 de setembro de 2010

A santidade

“Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.” Is. 6:5

Este é o sentimento de todo homem que se viu a si mesmo por trás de sua máscara, tendo sido confrontado com uma visão interior da santidade pura que é Deus. Tal experiência é sempre acompanhada de violenta consternação.

A não ser que tenhamos nos visto como Deus nos vê, não nos perturbaremos muito com as condições ao nosso redor, enquanto elas não fugirem muito ao nosso controle ameaçando o nosso conforto. Aprendemos a viver com a iniqüidade, e achamos coisa natural e esperada.

É necessário a abertura de um canal pelo deserto de nossa mente para que nela penetrem as águas doces da verdade. A santidade de Deus não é simplesmente o melhor que conhecemos. Não conhecemos nada semelhante a santidade de Deus. Somente o Espírito Santo poderá nos dá o conhecimento da santidade. Assim como a eletricidade flui por meio de um condutor, assim também o Espírito flui através da verdade, e tem de encontrar pelo menos alguma partícula de verdade na nossa mente, para que possa iluminar o coração.

Deus é santo. A fim de ser santo Ele são se conforma a nenhum padrão humano. Ele é o padrão. É absolutamente santo com uma plenitude infinita e incompreensível de pureza, incapaz de ser diferente daquilo que é. Porque é santo, todos seus atributos são santos. Tudo que pertence a Deus é santo.

Deus é santo, e fez da sua santidade a condição necessária para manter saudável o universo. A presença temporária do pecado apenas acentua esta verdade. O que é santo é saudável; o pecado é uma doença moral que conduz à morte. Tudo que não é santo desagrada totalmente a Deus.

Nem o céu nem as estrelas são puros à vista de Deus. Nenhum homem poderá dizer com honestidade “eu sou santo”, mas também nenhum homem honesto estará disposto a ignorar “segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o senhor”.

Neste dilema, o que nós, cristãos, devemos fazer? Devemos nos revestir de fé e humildade. Ele não desprezará o coração contrito e quebrantado. Devemos esconder nossa falta de santidade nas chagas de Cristo, como Moisés se escondeu na fenda da Rocha enquanto a glória do Senhor passava. Devemos ocultar-nos de Deus em Deus. Acima de tudo devemos crer que Deus nos vê perfeitos através de Jesus, enquanto nos disciplina e purifica, para que possamos participar de sua santidade.

Pela fé e obediência, pela meditação constante sobre a santidade de Deus, amando a justiça e odiando a iniqüidade, crescendo sempre no conhecimento do Espírito de Santidade, podemos nos acostumar à comunhão dos santos na terra e nos preparar para a comunhão eterna com Deus e os santos lá do alto.

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