sábado, 9 de novembro de 2013

Pai



Eu poderia não saber em que terreno eu viria a estar pisando, mas eu sabia muito bem quem me carregava no colo. Durante todas essas lutas eu sei quem esteve comigo, guiando todos os meus passos. Por mais que eu tentasse mandá-Lo embora, por mais que eu tentasse dizer que não, as Suas asas me cobriam e as Suas mãos me alcançavam. Por mais que eu confiasse em homens, e acreditasse que a solidão era um bem, Ele estava ali para me ensinar que em homem não se confia, e que na solidão não há refúgio. Por mais que eu tentasse fugir, os Seus braços de amor me atraíam. Por mais que eu tentasse negá-Lo, a sua misericórdia se estendia.

Quando o deslumbro do pecado me batia à porta, Ele me aconselhava a não abri-la. Quando aqueles que se diziam meus amigos me viraram as costas, Ele acolheu sobre o Seu peito cada uma de minhas lágrimas. Quando o peso da vingança me empurrou para o abismo, e noites eu perdi clamando por justiça, Ele me tomou pela mão e me conduziu sobre Suas águas tranquilas. Quando o preço das minhas vãs atitudes me era imposto, Ele vinha a me dizer: “filho, eu já paguei o preço!’’

J.P Oliveira

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