sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Aquietai-vos...

(Autoria Desconhecida)


“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus....”(Sl 46:10).
Em outra tradução temos o mesmo versículo da seguinte forma: “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus!”.
Nossa tendência é sempre tomar as rédeas da situação. Não ficamos tranqüilos diante das circunstâncias. Nesses momentos deixamos que nosso intelecto (alma) se manifeste e passamos a racionalizar permitindo que ele se torne senhor de nossas atitudes, mesmo porque, ficar quieto requer de nós um esforço muito maior do que simplesmente agir. Mas não é isso que a Palavra ensina.
Não podemos saber quem é Deus, como Ele age, o que deseja fazer em nós e por meio de nós, se estivermos preocupados e perturbados com muitas coisas.
Cada um tem a sua própria experiência, mas o conselho é para todos os filhos indistintamente. Deus fica atrás de nós apenas nos observando sem nada poder fazer, enquanto corremos de um lado para o outro, solícitos, ansiosos, lutando em vão para resolver nossos dilemas e livrar-nos das pressões que a vida nos impõe. A ordem é: Aquietai-vos! Parem de lutar! Deixem que eu resolva! Saibam que eu sou Deus poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que vocês pedem ou pensam! Olhem para a minha palavra, lembrem-se das minhas promessas: “Pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas têm em Cristo o “Sim”. Por isso, por meio Dele, o “Amém” é pronunciado por nós para a glória de Deus” (II Co 1:20)
“Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu outro Deus além de ti, que trabalha para aqueles que Nele esperam” (Is 64:4)
Deus fica livre para trabalhar e agir na vida dos que esperam e descansam Nele e nas suas promessas. Deus é fiel e nenhum dos seus planos será frustrado. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão”. (Is 40:31). “O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam” (Na 1:7). “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apoies no teu próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus caminhos e ele endireitará as tuas veredas”(Pv 3:5-6). Confiar no Senhor é depender Dele. Apoiar-se na razão é duvidar do seu poder e da sua Palavra. Segundo Tiago, “Aquele que duvida é comparado à onda do mar levada pelo vento de um lado para outro”(Tg 1:6-7). Isto é inconstância, mente dividida, instabilidade em tudo o que faz. Os inconstantes nada receberão de Deus!
Reconhecê-lo em todos os nossos caminhos é vê-lo agir em cada circunstância, é saber quem Ele realmente é, capaz de endireitar (aplainar) as nossas veredas, e nos dar direção. Por que carregamos fardos tão pesados de cuidados desta vida, quando podemos trocá-los pelo fardo de Jesus que é leve e suave (Mt 11.28-30)? Isso me faz lembrar de um cântico que diz assim:
“Não tenhas sobre ti, um só cuidado qualquer que seja
Pois um, somente um, seria muito para ti.
É meu, somente meu todo o trabalho
E o teu trabalho é descansar em mim!
Não temas quando enfim, tiveres que tomar decisão
Entrega tudo a mim, confia de todo o coração.
É meu, somente meu todo o trabalho
E o teu trabalho é descansar em mim!
Jesus bem sabia de nossas preocupações e ansiedades:
“Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com a sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida? E o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não tem vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto não se preocupem dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mt 6:25-34).
Depois dessas palavras, será que ainda temos motivos para andar ansiosos, perturbados, enfraquecidos, hesitantes? A Palavra está repleta de textos que evidenciam o cuidado amoroso do Pai para conosco, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Os Salmos, por exemplo. Quantas expressões de alegria e ações de graças pelo livramento de Deus, como também gemidos e lágrimas em meio à perseguição e à dor!? Mas tudo tendo Deus como alvo, reconhecendo que só Ele é que pode livrar, só ele é capaz de mudar as circunstâncias!
O que dizer então de tudo o que encontramos nos evangelhos e nas cartas dos apóstolos?
“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor.
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fl 4:4-7).
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5:7).
Se estamos inquietos, não conseguimos confiar. Nada vemos além do problema em questão. Deixamos de depender do Senhor e não permitimos que Ele tome o controle da situação que nos envolve. Com isso, ficamos enfraquecidos desnecessariamente, afastamo-nos da Palavra e perdemos o contato com nosso referencial, que é Jesus. Quem pode livrar como o Senhor? Se ele não o fizer, quem o fará!?
‘Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus; daqueles que são chamados segundo o seu propósito... Que diremos, pois diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?... Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?... Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio Daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem demônios, nem o presente, nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8:28,31,35,37-39).
Com a devida reverência à palavra de Paulo aos romanos, eu diria que só existe uma pessoa que pode me separar do amor de Deus: “Eu mesmo”.
Descansemos no Senhor e esperemos Nele. É Ele que nos fortalece na força do Seu poder. Esforcemo-nos e tenhamos bom ânimo. Não desanimemos, pois Ele está perto para nos ajudar. É Ele que nos instrui e nos ensina o caminho que devemos seguir, guia-nos com seus olhos e jamais se esquece de nós. Seus pensamentos a nosso respeito são de paz, e não de mal para nos dar o fim que esperamos. Somos a menina de seus olhos, queridos, amados, desejados, escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo, comprados por bom preço, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus para anunciar as grandezas Daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes nem sequer éramos povo, mas agora somos povo de Deus; não havíamos recebido misericórdia, mas agora a recebemos. Pois não foi com coisas perecíveis como prata ou ouro que fomos redimidos da nossa maneira vazia de viver, transmitida por nossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito.
“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (2Co 4:16-18).
Aquietem-se! Parem de lutar! Vejam o meu livramento. Saibam que eu sou Deus!

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